CARLOS NAVAS PARTICIPA DO
PROJETO “SAMBA DE BAMBA” E FAZ HOMENAGEM A MARIO REI
O artista
paulistano revive o elogiado CD“Quando o Samba Acabou”
– Dedicado a Mario
Reis, que reverencia este inovador da canção brasileira.
Apresentação
acontece no dia 5 de Maio, às 20 hs, no Teatro da Caixa
Cultural, em Curitiba, com ingressos entre R$ 5 e 10,00.
Há
exatos
19 anos, o cantor Carlos
Navas vem sendo saudado como uma voz especial e
singular no panorama da canção brasileira contemporânea.
Acumulando surpresas e despindo-se de vestes que ele próprio
toma de empréstimo, lançou o CD “Quando o Samba Acabou”
- Dedicado a Mario Reis em 2007, recebido com elogios
unânimes da crítica especializada. Trata se da única
homenagem em disco ao cantor Mario Reis - justamente no
centenário de seu nascimento (1907 – 1981) - que, sem
apelar para a imitação – como oportunamente frisou Hermínio
Bello de Carvalho na contracapa do álbum – mostra os
caminhos sinuosos pelos quais o canto de Mario segue
influenciando um cantar moderno. Em sua forma mais bonita,
um conjunto de dez canções aparece na voz de Navas. Ele se
apropria delas como se nunca antes tivessem sido cantadas:
de um lado, com frescor, sem a reverência excessiva; de
outro, dispensando a preocupação em atualizar o que não
perde atualidade – como toda boa arte. No tributo a este que
é considerado o
primeiro inovador do canto no samba, conhecido por sua
dicção particular, que aproximava o canto popular da fala
espontânea, são mescladas canções conhecidas, como “Se Você Jurar”
(Francisco Alves / Ismael Silva / Nilton Bastos) e “Jura” (Sinhô) com
outras obras. É o caso da belíssima faixa título “Quando o Samba Acabou”,
de Noel Rosa. “Joujoux
e Balangandans”, de Lamartine Babo, já interpretada em
duetos de Mario Reis com Mariah e de João Gilberto com Rita
Lee, foi gravada no CD em duo com Tetê Espíndola. A lição de
explorar os recursos oferecidos pelo microfone e pelas
demais ferramentas de gravação elétrica é percebida em “Filosofia” (Noel
Rosa/ André Filho) e “Dorinha,
Meu Amor” (José Francisco de Freitas).“Sabiá” (Sinhô),
uma das primeiras canções gravadas por Mario (1928) completa
o repertório, junto com “Meu Barracão”
(Noel Rosa), “Cansei”
(Sinhô) e “Fui Louco”
(Noel Rosa/ Bide). No show, ele revisita todas as faixas do
álbum e inclui números que não estão nele, como “A Tua Vida é um
Segredo” e “Rasguei
a Minha Fantasia” (Lamartine Babo), além de duas
canções celebrizadas por Mario, compostas por Custódio Mesquita,
autor que Navas reverenciou em 2011, no também elogiado CD
“Junte tudo que é Seu...” (2011): “Doutor em Samba”
(1935), feita especialmente para Reis, e “Prazer em Conhecê lo”
(1932), única parceria de Custódio e Noel. Ele estará acompanhado
por Evandro Gracelli (violão), Humberto Zigler (percussão) e
Moisés Alves (piano)
“Carlos Navas teve a inteligência
de homenagear o grande Mario Reis sem tentar imitar o que
é inimitável. Ao estilo quase minimalista do Mestre,
contrapôs sua personalidade ora romântica ora maliciosa,
apoiado em arranjos de bom gosto e trazendo, como bônus, a
adorável Tetê Espíndola para dividir com ele o Joujoux e
Balangandans. Repertório para essa oportuníssima homenagem
é que não falta, já que Mario se firmou como intérprete de
extremo bom gosto e muito à frente do seu tempo. Gravou
relativamente pouco, nosso Mario e muitas vezes em duo
com Chico Alves. Volta e meia, saia de cena e, quando
voltava, que festa! Da última vez, veio ao lado de Tom
Jobim e Chico Buarque, fazendo prova de que estava
antenado ao tempo, esse mesmo que o Carlos Navas nos faz
atravessar ao lado de um dos maiores estilistas da nossa
canção, num repertório irretocável. Bela e oportuna
homenagem prestada por um jovem intérprete a um dos ícones
do canto popular.”
Herminio
Bello de Carvalho
2007
Vídeos:
DORINHA MEU AMOR – AO VIVO NO
SESC POMPÉIA
JURA – PROGRAMA ENSAIO
Assessoria Carlos Navas
Site Oficial: www.carlosnavas.com.br
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