Ponto de Encontro Feminista, Lisboa, 15h30: junto ao edifício da PT em Picoas
Traz vestido algo de cor lilás e junta-te!
Todos os dias ouvimos falar na “crise” e na “inevitabilidade” da austeridade e todos os dias a sentimos nas nossas vidas, nas nossas casas. A propósito da “crise”, criada pelo mundo da finança e aplicada pelos governos a seu mando, já nos mandaram emigrar, já nos chamaram piegas, já disseram que temos vivido acima das nossas possibilidades, já disseram que éramos cigarras…
Dizem-nos que o trabalho não é um direito, que a precariedade é inevitável. Que é “natural” e “inevitável” que nos despeçam, nos recusem um emprego ou o acesso a determinado posto por podermos vir a engravidar, ousarmos pensar em ter crianças, sermos mães. Dizem-nos que até é bom o regresso ao lar, afinal as mulheres hoje já não estão bem consigo, com a sua vocação, a sua natureza.
Dizem-nos que é “natural” e “inevitável” termos, por sermos mulheres, muito mais probabilidades de trabalhar na economia informal ou de receber um salário inferior ao que auferiríamos se fossemos homens. Dizem-nos que a violência doméstica é uma fatalidade, afinal quem não sai da relação é porque não quer, se não tem autonomia financeira é porque não quer trabalhar, ou trabalha pouco.
Cortam brutalmente nos serviços públicos e esperam que sejamos nós, as mulheres, a assumir, em trabalho não pago, o que entendem não ser bem público: a saúde, a educação, a protecção social, o cuidado dos/as idosos/as.
É suposto ainda acharmos “natural” e “inevitável” que, associado às políticas neoliberais, esteja um discurso profundamente conservador que pretende novamente tutelar os nossos corpos e a nossa autodeterminação.
A tudo isto respondemos: nada é inevitável. Todas estas situações são fruto de relações de poder, relações de força, interesses, perspectivas e escolhas. Sabemo-lo bem e não nos deixamos enganar.
As respostas a estes discursos e a estas políticas suicidas têm de passar pelos povos, pelos milhões de mulheres e homens que vivem diariamente esta crise e que não vislumbram futuro. É pela denúncia, pela recusa, pela mobilização que passa a solução. Uma solução verdadeiramente transformadora e emancipatória, na qual as mulheres têm um papel fundamental.
Apelamos a todas as cidadãs e todos os cidadãos que queiram ser parte dessa solução a divulgar; mobilizar e participar na Manifestação do próximo dia 2 de Março, convocada por um conjunto alargado de pessoas sob o lema Que se Lixe a Troika ! O Povo é quem mais ordena ! Haverá manifestações por todo o país (mais infos emwww.queselixeatroika.net ) .
Em Lisboa, ponto de encontro feminista às 15h30, junto ao edifício da PT em Picoas. Apelamos a que se juntem a nós vestidos/as com algo de cor lilás (evento facebook aqui http://www.facebook.com/fruncut?group_id=0#!/events/566423840034711/?fref=ts)
Juntar-nos-emos depois às/aos companheiras/os da Maré Arco Iris.
No dia 2 de Março, junta-te à onda feminista e ao protesto popular que irá mobilizar milhares de cidadãs e cidadãos.
Feministas somos e seremos, para escravas/os não sermos!
A Marcha Mundial das Mulheres
Informações sobre a manifestação de dia 2 :
Texto de apelo: http://queselixeatroika15setembro.blogspot.pt/2013/01/que-se-lixe-troika-o-povo-e-quem-mais.html
Concentrações / Manifestações: http://queselixeatroika15setembro.blogspot.pt/p/lista-de-eventos.html
0,5% do seu IRS pode reverter para a UMAR. Para tal, tem apenas de preencher o campo 9 do anexo H da sua declaração de IRS, assinalando o quadrado da linha "instituições particulares de solidariedade social ou pessoas colectivas de utilidade pública" e a linha 901 com o número de contribuinte da UMAR: 501 056 246.
Este apoio não tem qualquer custo para si, diz respeito a imposto já liquidado e que ficaria em poder do estado.
Gratas pela solidariedade!
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