Caminhando na Estrada Cultural

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Valença RJ Talento da Terra

Posted: 22 Feb 2012 08:02 AM PST

Matéria enviada por Euclides Amaral

Ao lado da modinha e do lundu (séculos XVIII e XIX), da polca e do maxixe (século XIX), o choro (séculos XIX e XX) fixou-se como uma das primeiras manifestações musicais urbanas da cultura popular brasileira.
Sobre a origem do vocábulo “Choro” existem várias teorias e explicações, das quais destaco apenas quatro, todas, muito bem fundamentadas por pesquisadores respeitados.
A primeira explicação cabe a uma vertente que acreditam ser a palavra uma derivação do latim: “chorus” (coro).
Outra vertente de pesquisadores, como a encabeçada por José Ramos Tinhorão, afirma que o termo é derivado do verbo “chorar”. O choro lento (influência do lundu chorado ou doce lundu), por parecer um lamento lembra o verbo “chorar” e quando os instrumentos de cordas, principalmente o violão, são tangidos ao mesmo tempo para o acompanhamento da flauta, lembram um quê de melancolia.
Uma terceira explicação seria do folclorista e etnólogo Luís da Câmara Cascudo, que afirma ser a palavra uma derivação de “Xolo”, certo tipo de baile que os escravos faziam nas fazendas. Da palavra derivou o vocábulo “Xoro”, que foi alterado para “choro”.
Já Ary Vasconcelos acredita que a palavra é uma corruptela de “Choromeleiros”, certa corporação de músicos do período colonial que executavam as “charamelas”. Segundo Henrique Cazes, os instrumentos de palhetas “charamelas” são precursores dos oboés, fagotes e clarinetes.
Na primeira década do século XX o termo “choro” já denominava o gênero como uma forma musical definida e não mais como sinônimo de uma roda de músicos que executavam músicas populares.
Considerado “O Pai dos Chorões”, Joaquim Antonio da Silva Callado Júnior (1848-1880) pertenceu à primeira geração do choro e formou o “O Choro Carioca”, o primeiro grupo instrumental de que se tem notícia.
Portanto, cabe ao leitor a escolha.
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Euclides amaral em apresentação em Valença
BIBLIOGRAFIA CRÍTICA:

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