Caminhando na Estrada Cultural

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Câncer de Tiróide

Tiróide é uma pequena glândula situada na garganta, abaixo da laringe e é responsável pela produção de dois hormônios: tiroxina (T4) e triiodotironina (T3), que são fundamentais para a manutenção do equilíbrio metabólico do organismo. A baixa produção de hormônios da tiróide (hipotiroidismo) causa cansaço, letargia, queda de cabelo, aumento de peso e, em mulheres, alterações da menstruação.
Quando a tiróide produz hormônios em excesso (hipertiroidismo), os sintomas são: agitação, ansiedade, diarréia, transpiração excessiva, palpitações e perda de peso. Importante: Tanto o hipotiroidismo como o hipertiroidismo raramente estão associados ao câncer de tiróide.
Entretanto, devem receber atenção e tratamento adequados.
Incidência do câncer de tiróide
O câncer de tiróide costuma afetar adultos, especialmente mulheres e sua ocorrência em crianças é muito rara.
Tipos de câncer de tiróide
Há quatro tipos principais de câncer de tiróide: Papilar é o câncer de tiróide de maior prevalência e costuma ocorrer em adultos jovens, especialmente em mulheres. Geralmente, envolve apenas um lado da tiróide e pode espalhar-se pelos gânglios linfáticos. Seus índices de cura são elevados. Folicular é o câncer de tiróide não tão freqüente quanto o papilar, porém, bem mais agressivo. Tende a espalhar-se pelas artérias e alojar-se em órgãos distantes como pulmão, ossos e pele. Geralmente, esse tipo de tumor acomete pessoas idosas. Medular é pouco comum e costuma originar-se no lóbulo central da tiróide. Esse tipo de tumor é tido como familiar, ou seja, pessoas com familiares acometidos por esse tipo de câncer estão mais propensas a desenvolvê-lo. Nesse caso, é aconselhável fazer exames, tais como dosagens de tireocalcitonina no sangue, a intervalos regulares, de acordo com a recomendação médica, para verificar se há sinais da doença. Anaplásico é o tipo de câncer de tiróide mais raro e sua incidência é maior em pessoas acima de 65 anos de idade, igualmente em homens e mulheres. Tende a desenvolver-se rapidamente, o que diminui consideravelmente as chances de cura.
Sinais e sintomas mais freqüentes
Quase sempre, o câncer de tiróide desenvolve-se lentamente. O primeiro sinal costuma ser um ou mais nódulos indolores no pescoço, que crescem gradativamente. Ocasionalmente, o tumor pode pressionar a traquéia, causando dificuldades para engolir ou respirar. Estes sintomas são comuns a várias doenças benignas, que devem ser igualmente investigadas.
Como é feito o diagnóstico
O médico irá palpar o(s) nódulo(s) e solicitar alguns exames de sangue para verificar o funcionamento da tiróide. Se julgar necessário, encaminhará o paciente a um especialista que pedirá outros exames tais como:
Ultrassom da tiróide - As ondas sonoras farão um gráfico da tiróide, que permitirão ao médico visualizar se o(s) nódulo(s) têm conteúdo líquido ou sólido
Cintilografia da tiróide - Uma pequena quantidade de líquido radioativo (iodo) é injetada na veia do braço do paciente. Cerca de 20 minutos depois, a substância será absorvida pela tiróide e o paciente será submetido à cintilografia que irá escanear a área, detectando possíveis células anormais.
Punção ou biópsia - Uma agulha fina é introduzida na tiróide do paciente, que estará sob efeito de anestesia local, para aspirar uma pequena quantidade de tecido que será examinada à luz do microscópio. A punção é, atualmente, o método adjuvante mais utilizado para o diagnóstico de pacientes portadores de nódulos tireoideanos, pela sua simplicidade, segurança e baixo custo.
Tipos de tratamento - Cirurgia e radioterapia podem ser indicadas isoladamente ou combinadas entre si. O tratamento será determinado pelo médico, considerando uma série de fatores, tais como: idade do paciente, seu estado geral de saúde, tamanho e tipo do tumor, entre outros.
Cirurgia - A remoção cirúrgica do tumor é o procedimento mais indicado para a maioria dos casos. Quando o câncer é detectado no seu estágio inicial, a cirurgia propicia a cura completa para um grande número de pacientes. Em pouquíssimos casos, é possível remover apenas a parte afetada da tiróide (tiroidectomia parcial) mas, a tiroidectomia total é a conduta mais freqüente. Dependendo da extensão do tumor, a cirurgia pode afetar os nervos da laringe, o que costuma provocar uma alteração temporária da voz do paciente. Pode haver, também, a necessidade de remover parcial ou totalmente as glândulas paratiroidianas, que têm a função de controlar o nível de cálcio no sangue. Nesses casos, o médico receitará suplementos de cálcio ao paciente.
Radioterapia externa (teleterapia) - Além da cirurgia, o médico poderá indicar sessões de radioterapia para destruir possíveis células que possam ter migrado para outras regiões do organismo.
Radioterapia interna (braquiterapia) - Quando o tumor já não está restrito à tiróide, o médico poderá indicar o tratamento com iodina radioativa, para destruir as células cancerosas remanescentes. A iodina radioativa pode ser administrada oralmente, em líquido ou cápsulas ou, ainda, injetada na veia. Esta substância tem pouco ou nenhum efeito sobre outras áreas do organismo, que não têm a capacidade de absorvê-la. As células do tumor de tiróide, ao contrário, absorvem-na rapidamente, recebendo, assim, uma alta dose de radiação, com grande potencial de destruí-las. O paciente tratado com iodina radioativa deve permanecer hospitalizado por cerca de cinco dias. Durante esse período, ele não poderá receber visitas, pois a radiatividade estará sendo eliminada do seu corpo pela urina, saliva e suor. Passado esse tempo, seu convívio com outras pessoas poderá voltar ao normal, não representando perigo algum.
Quimioterapia - A quimioterapia (uso de drogas citotóxicas) é raramente utilizada no combate ao câncer de tiróide. Ela pode ser aplicada, eventualmente, como tratamento adjuvante, em casos específicos de metástases.
Fontes: American Cancer Society CancerBACUP U.K. M.D. Anderson Cancer Center

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